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Ruas tradicionais de Santa Rita do Sapucaí

Rua da Ponte (Rua Silvestre Ferraz)

Construída às margens do Rio Sapucaí, a Rua Silvestre Ferraz homenageia o parlamentar responsável pelos esforços que trouxeram a estrada de ferro para a região. Ocupada originalmente por imigrantes portugueses, italianos e libaneses, a Rua da Ponte, como ficou conhecida, trouxe diversidade e apresentou um mundo novo a Santa Rita do Sapucaí. Em nenhum outro local do município falava-se tantas línguas e concentravam-se tantas diferentes culturas, o que fez a Silvestre Ferraz ser considerada uma de nossas ruas mais interessantes.

Rua do Queima (Cap. Vicente Ribeiro do Vale

A Capitão Vicente Ribeiro do Vale é uma das mais tradicionais ruas da cidade. Ficou, no entanto, conhecida como Rua do Queima e são muitas as hipóteses para ter recebido tal denominação. Alguns dizem que eram comuns as queimas de estoque em um estabelecimento comercial que havia no local. Outros afirmam que houve um grande incêndio em um barracão. Guardando traços de como era a vida em outros tempos, esta rua tem início com o tradicional Grande Armazém de Seccos e Molhados, continua por uma linda capelinha, segue pelo extinto “Bar do Peixe” e continua por um singelo Cruzeiro.

Rua 13 de Maio (ou Rua do Brejo)

Originalmente entrecortada pelo Córrego do Mosquito, a Rua 13 de Maio foi ocupada por famílias libertadas após a abolição da escravatura e que deixaram as propriedades rurais em busca de terras devolutas. Em um tempo em que não havia rede de água e esgoto, tal córrego serviu como fonte de abastecimento às residências e tal serviço era prestado pelos moradores de suas margens. Também conhecida como “Rua do Brejo”, por conta das cheias do córrego, ela ainda guarda as  formas irregulares dos tempos em que o Córrego do Mosquito cortava o que viria a se tornar o centro da cidade.

Rua Antônio Telles (A Rua da Pedra)

A Rua Antônio Telles, homenagem a um tradicional morador desta via pública, ficou mais conhecida como “Rua da Pedra”. Apesar de muitas pessoas acreditarem que o apelido foi dado por conta de seu primeiro calçamento, o motivo foi a existência de uma grande pedra que despontava no início da rua, nas proximidades da Difusora. Tal rocha é a mesma que podemos ver no morro do cruzeiro e que segue determinando a topografia do centro da cidade, até despontar na pedreira. Em seus primórdios, havia poucas casas neste local. O que se destacavam eram os armazéns e um rancho para pouso de boiadeiros.

Avenida João de Camargo

Esta avenida foi nomeada em homenagem ao grande educador, João de Camargo, sócio e diretor do Instituto Moderno de Educação e Ensino (IMEE), localizado onde, hoje, funciona o Inatel. Tal estabelecimento surgiu como um desdobramento do “Collégio Santa Rita”, fundado em 1912. Com a vinda de João de Camargo, em 1918, foi dele a missão de implementar o IMEE, dedicado à educação dos rapazes, enquanto a Escola Normal seria destinada às moças. Permaneceu à frente da Instituição até 1934, quando se mudou para o Rio de Janeiro.

Rua da Ponte
Rua do Queima
Rua 13
Avenida João de Camargo
Rua da Pedra
Rua da Árvore

José Rennó, a Rua da Árvore

O que dá originalidade à João Rennó, rua que liga a Av. Dr. Delfim Moreira ao bairro Fernandes, é uma centenária Santa Bárbara localizada bem no centro da via pública. A verdade é que ela foi plantada bem antes do surgimento da rua. Várias árvores acompanhavam uma cerca que dividia duas chácaras e a Santa Bárbara foi a única que sobrou. Mas esta árvore não é o único tesouro da João Rennó. Era aqui que os lendários Irmãos De Franco mantinham um barracão para a criação dos majestosos carros alegóricos do carnaval santa-ritense. Também há uma bonita igreja no local.

Genoveva da Fonseca (a Rua do Bepe)

Quem passa pela R. Genoveva da Fonseca, denominação dada em homenagem à doadora de um terreno para a construção da primeira capela em louvor a Santa Rita, deve se perguntar porque ficou conhecida como “Rua do Bepe”. O fato é que, bem no início do morro, havia uma Olaria para produção de tijolos, de propriedade de Bepe Murano. Quando o tropeiro, Benedito Zeferino, adquiriu a propriedade, havia ali uma cratera tão grande para a retirada do barro, que foi preciso colocar 400 caminhões de terra para nivelar o terreno. Não havia nada aqui. Somente uma porteira na esquina com a Rua da Pedra.

Rua do Bepe

Rua Cel. Antônio Moreira da Costa

A vinda de Antônio Moreira da Costa e de sua família para Santa Rita do Sapucaí, em 1885, aconteceu durante uma visita que fez ao irmão de sua esposa - Joaquim Inácio Ribeiro – liderança política do arraial. Sinhá Moreira – neta de Antônio – conta em sua obra “Traços da família Moreira”: “Meu avô gostou tanto da qualidade das terras, que adquiriu uma gleba para plantio de café e cereais”. Ali, o avô da precursora do “Vale da Eletrônica” iniciaria uma fortuna que mudaria, para sempre, os rumos da cidade. Um de seus filhos, Delfim Moreira, viria a se tornar Presidente da República e outro, Francisco Moreira, fundaria o “Banco Nacional”.

Antônio Moreira da Costa
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